Abraço-te,
com os olhos húmidos
repousando na magoa,
pintada pelo sofrimento
de tempos que desejo esquecer.
Sinto os teus braços nos meus
aconchegando-me do cansaço
E do sofrer.
Teu beijo,
liga-se aos meus lábios
olhando-nos,
com o olhar paralelo,
para caminharmos lado a lado
de mão dada.
Tenta combater a dor provocada
mas ainda alojada
no intimo do meu ser.
A ternura do teu toque
arrecadada no meu corpo,
tem a textura para apagar memórias.
Hoje o sabor de ti,
o teu cheiro
que me adoça e inebria
não me deixa esquecer,
que vivo de ti.
Depois ficam as palavras,
que escrevo.
Lidas, relidas,
Envio-tas para leres,
o tema...
Sempre repetido,
o eterno amor.
Apagaas cicatrizes da minha alma
com a ternura do teu toque
permanente, confidente
que nunca me deixam só.
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