quinta-feira, 17 de dezembro de 2009



Subindo da Vila de Sintra, a vila romântica, encontramos a não menos romântica freguesia de S. Pedro de Penaferrim.
Por entre lojas pitorescas, chalets oitocentistas e jardins doirados e acobreados, numa bela tela de cores que ilustram S. Pedro de um Outono de rara beleza.
Mas os seus verdadeiros tesouros descobrem-se a pé pelas ruas estreitas e misteriosas com muros centenários cobertos de musgos e trepadeiras, jardins que espreitam aqui e ali.
A sua igreja dedicada a S. Pedro, imagem essa que, diz a lenda, foi trazida do Castelo dos Mouros e é confeccionada em pedra num única peça.
Passagem obrigatória pelo jardim da Vigia de onde se poderá avistar o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, um lugar de convite à serenidade e ao sonho.
Subiremos agora pela rua pitoresca de agradável paisagem que nos levará ao Castelo dos Mouros, um lugar que já não é pertença da freguesia, por entre ameias e lugares onde escritores, como Ramalho Ortigão, Ferreira de Castro e tantos outros se sentaram para escreverem sobre este lugar paradisíaco.
Caminharemos agora em direcção ao Palácio da Pena, para entrarmos de novo na freguesia, um lugar onde D. Fernando II passava férias e resolveu criar belos jardins, com as imponentes árvores que nos oferecem ao olhar as belíssimas camélias de origem nipónica. Passaremos a um antigo quartel da GNR onde a arquitectura é esplendorosa, mas em decadência, tambem neste local era a Pousada da Juventude, um lugar que convida a juventudo a procurar " os mistérios de Sintra"
Subir-se-á então ao largo de Sta Eufémia, que tem como tradição uma festa popular onde se confraterniza com uma boa sardinhada no dia 1 de Maio.
Aqui também existia a tradição dos miúdos de S. Pedro passarem por entre pedras para que a sorte os afortunasse; podemos tentar também essa promissora experiência…
Com essa magnífica paisagem, onde se avista Lisboa e o Tejo que a abraça, podemos pegar na nossa merenda e saboreá-la, como se estivéssemos na romaria da Sta Eufémia.
Daí podemos avistar de novo o Palácio da Pena, onde o muro que circunda a sua mata o separa do recinto onde nos encontramos.
Começamos agora a descer por entre árvores que nos levarão à belíssima Lagoa Azul.
Passagem obrigatória pela Penha Longa, lugar histórico de partida do Rali das Camélias.Caminharemos então para passarmos a um lugar lendo-trágico do túmulo dos dois irmãos, imortalizados num monumento funerário. Reza a lenda que se teriam apaixonado pela mesma moura e um descobrindo que o irmão o atraiçoava amando a mesma mulher, matou-o, suicidando-se a seguir.
O largo da feira é agora o ponto de chegada do calmo e aprazível passeio por terras que nos fazem sonhar e, quem sabe, onde uma moura encantada nos espreitou, um trajecto onde poderemos pegar num pouco de romantismo para levarmos para casa.
O largo de frondosas árvores, agora pintadas de Outono, com uma chuva de folhas atapetando o chão dum amarelo e cobre. É neste largo que se faz a feira quinzenal, no segundo e quarto domingo de cada mês. Esta feira tem cariz ainda medieval com venda de produtos hortícolas, queijo e pão, onde abunda também a doçaria tradicional de Sintra assim como uma enorme variedade de produtos tais como: flores, calçado, roupas, livros, velharias, etc.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A dor...


A dor é flagelo
A dor é o pesadelo
De sentir o tempo
Passar-nos como grãos
De areia entre os dedos.
Dor é amar
E sentir que a vida
Nos está a fugir
Doer é doer tudo,
A dor de doer,
A mão, o pé,
A cabeça e o coração,
Sentir que já não temos
Força, de dar a mão.
Dor é não aguentar mais
E ter até alucinação.

Dor…
Mas quando se tem
Com muito amor
A embrulhá-la,
Ah! …
Dor forte e amarga
Que me mostra que sou forte
Porque estou acompanhada
E a dor foi “embrulhada
”Obrigado por existires
Porque ela teria ganho
E eu…
Eu, não poderia “ficar”…

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Agradecimento





Dia 8 de Agosto fui surpreendida com uma lembrança que o rancho Folclórico de Valverde me ofereceu pelos seus 25 anos de vida.
Daqui também os quero homenagear pela sua obra e pelo museu lindíssimo que têm, pelo esforço de alguns elementos que querem fazer dele um museu vivo dos cantares desta zona do país que tambem é minha.
Obrigado a alguns amigos que fazem deste grupo um pedaço cultural de Valverde.
Obrigado Isabel e Manuel
Obrigado David e Inês.
Sois uns jovens com valor, obrigado pelo que fazeis pela cultura de Valverde, levando a outros locais do país, os cantares dessa terra e dessas gentes.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De chinela no pé...


"...de chinela no pé..."

Uma jovem maravilhosa que nos encanta pelos recantos de Castelo Novo, uma guia turistica muito comunicativa, afavel e dinamica.

Obrigada Drª Vera Roque, pelos conhecimentos e pela alegria que transmite .

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Quatro anos de Caricias


Carícias são afectos que nos fazem viver e sentir dos que nos estimam e nos amam.
Carícia que nos fazem por vezes partir para mais um dia de luta no meio do sofrimento que se tem.

Agradeço as caricias de quatro anos em comum que me fazem lutar cada vez mais.

Sinto-me tantas vezes velha…
Olhando-me no espelho
E sinto-me sem vontade de lutar
Porque sinto que não tive um colo
Para me aconchegar

Sinto-me por vezes em abandono
Quase como um animal sem dono
Sem lugar onde dormir aconchegada
E sem uma mão na acaricia desejada.

Mas nada tem na verdade
A ver com a minha idade,
Mas com a experiência de vida
De ela ser tão sofrida e soluçada

É um estado de espírito afinal
De quem se sente assim, por vezes mal.
Onde a esperança ás vezes esta perdida
E provoca tanta dor “nesta ferida”

Mas se as carícias virem
E eu tiver o teu “colo”
Lutarei com mais firmeza
Porque me tens no teu peito.
Tu no meu, estarás sempre de certeza.

31 Julho 2005 - 2009


Zé, Obrigado por estares na minha vida.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mais uma experiência na minha vida a Pintura
Um dia na freguesia de Monte Abraão pintando.
Começou assim, acabando num quadro de brincadeiras de infância e com um poema alusivo ao mesmo.



Num baloiço feito de cordel
Ganho asas
Voando até ao
Céu azul
Pintado a pincel…
Baloiço feito
De amor,
Pela minha avó
Atando a corda, nó a nó.
Cabelo esvoaçando
Ao vento
Gritando de alegria
E de contentamento.

Um baloiço de corda…

Cordas e nós
ao longo da subida.
Ajudando também
Quando em descida
Nas alturas difíceis
Desta vida


Com a corda,
Amarro também
o papagaio de papel
com os meus sonhos…
A corda que ata
O batel

A corda com que saltava
Ou jogava o pião
A corda da minha infância
A corda…
Com que se faz
Tanta ilusão

A corda que me fascina
Esticada ou cheia de nós
A corda…


A corda que amarra a minha vida
A uma estrela…

domingo, 5 de julho de 2009

Fotografia

Concurso de fotografia em Monte Abraão, onde fui galarduada com um 2º lugar com a seguinte fotografia.


Recebendo o prémio das mãos da Srª Presidente da Junta D. Fatima Campos


A concorrente mais nova a Simone, junto da Presidente, a quem dedico este poema com um beijinho e que continue a fotografar e que sorria sempre.



Se um olhar que tivestes
Imaginastes captar
Manejas a tua máquina
Onde prendes o olhar…
Na mão uma objectiva,
Estas a fotografar…
*

Simone
A menina que imagina
Um sonho na flor
Que vê.
Fotografa, fotografa
Com o olhar de menina
O sonho do não sei quê…
*

Menina de olhar triste
Põe o sorriso na mão
Encosta-a á tua boca
Vai direito ao coração
O sorriso de criança
É algo de divinal
É simplesmente um encontro
De inocência sem mal
*

Anunciação Esteves
1 de Julho 2009





sexta-feira, 5 de junho de 2009

CARINHO


Passa a tua mão suave no meu rosto
Como a água macia de um ribeiro
Sobre pedras irregulares.
Olha para mim com teus olhos brilhantes
Como o sol que espreita
Entre nuvens cinzentas carregadas.
Abraçar-me com a força do sentimento poderoso
Que transmite a energia do amor,
Inundando o meu coração.
Vem ajudar-me a separar
O lado bom do mal
E acalmar esta sensação…
Vem para me tirar do escuro
Da sensação de inferno por aqui.
Vem ajuda-me ,
A arrumar a minha confusão.

Ajuda-me simplesmente a ser feliz.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Abraço-te,

com os olhos húmidos

repousando na magoa,

pintada pelo sofrimento

de tempos que desejo esquecer.

Sinto os teus braços nos meus

aconchegando-me do cansaço

E do sofrer.

Teu beijo,

liga-se aos meus lábios

olhando-nos,

com o olhar paralelo,

para caminharmos lado a lado

de mão dada.

Tenta combater a dor provocada

mas ainda alojada

no intimo do meu ser.

A ternura do teu toque

arrecadada no meu corpo,

tem a textura para apagar memórias.

Hoje o sabor de ti,

o teu cheiro

que me adoça e inebria

não me deixa esquecer,

que vivo de ti.

Depois ficam as palavras,

que escrevo.

Lidas, relidas,

Envio-tas para leres,

o tema...

Sempre repetido,

o eterno amor.

Apagaas cicatrizes da minha alma

com a ternura do teu toque

permanente, confidente

que nunca me deixam só.

Fotografar...


Fotografas o sol,
A terra, a chuva e o mar,
Mas não fotografas,
O calor a escaldar…
Fotografas o sorriso,
A lágrima a cair,
Mas não fotografas,
O que estou a sentir…
Fotografas o barco,
A bicicleta a andar,
Mas não fotografas,
O sonho a passar…
Fotografas o rio,
A agua a ondular,
Mas não fotografas,
O vento a passar…
Fotografas o lenço,
Ao sol a secar
Mas não fotografas
O som dum piar…
Fotografas apenas
A garça a voar
Mas não fotografas
O que eu possa amar…
Fotografas tudo,
No REFLEXO, irás editar
Partilhando a beleza
Deste belo lugar.
Fotografas, fotografas,
Só fotografar, deixando on-line
Memórias no tempo,
Para relembrar

terça-feira, 26 de maio de 2009

As botas...


As Botas que nos transportam no caminho, para paragens de rara beleza e o bastão o nosso apoio na fraqueza do cansaço

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As mãos...

Mão que acolhem,

mãos que abraçam,

mãos que mimam,se enlaçam.

São as tuas mãos

que me ajudaam no cansaço.

Mãos de ternura e apoio...

São as tuas mãos,
minha filha.

A orquidia ao espelho


Olhar o por-do-sol


As pedras e a água...


Fabrica da Polvora Negra - Oeiras